🎸 Virada histórica: o disco do Capital Inicial que você só entende se olhar de cabeça pra baixo

Lançado em 1986, o álbum de estreia do Capital Inicial ainda surpreende fãs — e tem um detalhe na capa que muita gente nunca notou.

O rock nacional dos anos 80 teve muitos momentos icônicos — e um deles foi o lançamento do primeiro disco da banda Capital Inicial, em 1986. O álbum, que leva o nome do grupo, marcou época com letras ácidas, atitude rebelde e músicas que se tornaram verdadeiros hinos de gerações. Mas um detalhe curioso passou despercebido por muita gente: a capa só faz sentido quando é virada de cabeça para baixo.

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Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., o vocalista Dinho Ouro Preto revelou a curiosidade que ainda hoje intriga fãs. “A capa é enigmática… mas quando você vira de ponta-cabeça, entende o que é. Foi uma sacada visual muito louca”, contou ele.

Um disco direto das ruas

Produzido por Bozo Barretti — que viria a se tornar tecladista da banda — o álbum é uma síntese da juventude urbana dos anos 80. Gravado após três anos de shows e ensaios, o disco traz canções que nasceram no palco, testadas ao vivo com o público antes de serem registradas em estúdio.

Entre as faixas mais emblemáticas estão:
🎧 Música Urbana
🎧 Veraneio Vascaína
🎧 Fátima
— todas com raízes no Aborto Elétrico, banda anterior que deu origem também à Legião Urbana.

“Era tudo muito visceral. A gente queria dizer o que sentia, do nosso jeito, sem filtro. E isso ainda ressoa hoje”, afirma Dinho.

Formação clássica e som cru

O disco foi gravado com a formação clássica do Capital:

  • Dinho Ouro Preto (voz)
  • Loro Jones (guitarra)
  • Flávio Lemos (baixo)
  • Fê Lemos (bateria)

Barretti, embora ainda não membro fixo, deu um toque especial ao adicionar camadas de teclado sem comprometer a pegada crua e direta da banda.

🖼️ A curiosa capa que só faz sentido de cabeça para baixo

A capa do álbum Capital Inicial (1986) sempre intrigou os fãs. À primeira vista, parece uma imagem distorcida ou até abstrata — mas, como revelou recentemente Dinho Ouro Preto, o segredo está em virar o encarte de cabeça para baixo.

Quando invertida, a imagem revela o rosto de um homem com os olhos abertos, refletido em um lago. O mais curioso? A foto foi feita no espelho d’água em frente ao Museu do Ipiranga, em São Paulo. A proposta era exatamente essa: usar o reflexo real na água para criar uma imagem simbólica e enigmática — uma metáfora visual que só se revela a quem “olha por outro ângulo”.

A escolha artística reforça o espírito provocador e alternativo da banda, que despontava no cenário do rock nacional com uma linguagem crua, urbana e cheia de atitude.

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Segundo Dinho, muitos só perceberam o “truque” anos depois, o que aumentou ainda mais o fascínio em torno da capa — hoje considerada uma das mais icônicas do rock brasileiro.

Um marco do rock brasileiro

Mesmo com mais de três décadas, o disco Capital Inicial segue atual e com forte apelo entre fãs antigos e novos. A capa misteriosa, o repertório pulsante e o espírito de rebeldia ainda mantêm viva a chama do bom e velho rock nacional.

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