🎬 De fracasso no cinema ao topo da Billboard: a história inesperada por trás de “Heaven”, de Bryan Adams

Nem todo hit nasce de um grande momento — às vezes, o sucesso surge do lugar mais improvável. E foi exatamente o que aconteceu com “Heaven”, um dos maiores sucessos de Bryan Adams, que quase passou despercebido ao ser lançado inicialmente na trilha sonora de um filme que ninguém viu.

Um filme esquecível, uma canção inesquecível

Lançada originalmente em 1983, “Heaven” foi composta por Bryan Adams e Jim Vallance para o longa A Night in Heaven, estrelado por Lesley Ann Warren e Christopher Atkins. O filme? Um fracasso de crítica e bilheteria. A trilha sonora, idem.

“Pouquíssimas pessoas assistiram ao filme e menos ainda compraram o álbum da trilha sonora. Para todos os efeitos, ‘Heaven’ permaneceu intacta… ainda era uma música nova e inédita”, contou Vallance em seu site oficial.

Mas em 1984, tudo mudou.

A segunda chance no álbum Reckless

Bryan Adams incluiu “Heaven” em seu álbum Reckless, lançado em novembro de 1984 — e aí sim, a história começou a ser escrita. No ano seguinte, em julho de 1985, a faixa chegou ao 1º lugar na Billboard Hot 100, se consolidando como um dos maiores hinos românticos da década.

“Se a música chegar ao primeiro lugar, eu disse ao Bryan por telefone, voarei até onde você estiver para comemorarmos. Duas semanas depois, eu estava em um voo para Cincinnati!”

Bastidores da gravação

A música ainda tem outro detalhe curioso: a bateria foi gravada por ninguém menos que Steve Smith, do Journey — banda com a qual Adams estava excursionando em 1983.

“Eu havia desenvolvido algumas habilidades de balada com o Journey, e consegui adaptar meu estilo com facilidade”, lembrou Steve em entrevista ao Ultimate Classic Rock.

Um sucesso atemporal

Mesmo 40 anos depois, “Heaven” continua viva. No Spotify, a música já ultrapassou 750 milhões de reproduções. E o clipe oficial tem mais de 450 milhões de visualizações no YouTube — um feito e tanto para uma faixa que nasceu em meio a um filme esquecido.